Cada casa tem a sua tradição específica para preparar o amaci do médium.
Há amacis na cachoeira, amacis internos e amaci na praia.
Em suma, é preparado antes e fica coberto por um alá (pano branco) na frente do gongá com uma vela de cêra, a pemba virgem, e a essência do orixá.
Também podem fazer parte do ritual:
- a taça de vinho (simbolizado o sangue de cristo)
- Um galho de arruda (simbolizando as almas- no ritual de Umbanda de almas ou no ritual de almas e angola - e a proteção ao médium)
- Obi (pacto com a vida)
- Orobô (pacto com os ancestrais)
- Azeite de oliva (simbolizando a unção cristã)
- Um pombo branco (para ser solto)
- Um peixe (tranquilidade, símbolo de Jesus Cristo na astrologia, fertilidade, multiplicação)
- Um pão de trigo (o corpo de cristo, e fartura, multiplicação)
- Frutas (vida e prosperidade)
- Coroa de ervas (grinalda, para ficar na coroa do médium restabelecendo a energia)
- Fitas coloridas
- Cristais (para abrir os chacras)
Nos rituais do povo cigano o batismo é feito na lua cheia, apresentando a criança à lua e riscando sal na na testa da mesma, pedindo riquezas e prosperidade para aquele destino.
No ritual africano se usam os seguintes elementos para a restituição do àse no ori:
efun
banha de ori
mel
osun
uáji
dendê (sangue vegetal)
oti (álcool - sêmen masculino)
água (sêmen feminino)
Ejé (sangue animal)
ewe (sangue vegetal)
Ainda há uma questão muito importante no quisito da restituição energética aos que compreenderam que existem três reinos, a saber: animal, vegetal e mineral. A restituição vegetal e mineral é feita na água macerada com ervas, faltado assim a restituição do àse no reino animal.
Para isto tems a seguinte explicação simples: Existem certos tipos de ervas que foram criadas especificamente para simbolizar o sacrifício animal (nos casos de pessoas e casas que não o aceitam) e com o mesmo resultado e força energética do sangue animal. As ervas são: sangue-de-dragão e crista de galo (e outras quais não pretendo revelar).
Aos que não acreditam na eficácia das mesmas, não posso forçá-los a fazerem assim como não posso forçar os que não aceitam o sacrifício animal a se permitirem serem lavados com a vida de um cabrito.
Muito interessante é pensarmos da seguinte maneira:
- Para tomar um banho de manjericão eu preciso sacrificar o é todo? Ou posso eu arrancar os galhos que necessito?
Aos feiticeiros eu pergunto: - Já tiveram resultados com feitiços feitos com uma pena de urubú?
- Seria necessário sacrificar ritualisticamente o urubú todo para obter o mesmo resultado?
- E os iniciados já aprenderam a importância de uma pena do odidé (a ekodidé)?
- Já ouviram falar do pé de coelho?
É imprescindível entrar no mérito da bebida alcóolica, a velha questão do o OGUM BRAHMEIRO
Na tradição iorubá as divindades se serviam de cervejas de milho seketé, feitas a artir de milho fermentado. Estas bebidas ainda são utilizadas com grande eficácia no culto as divindades. Se cultuamos energias da natureza e espíritos ligados a elas, eles não são apegados a oferendas materiais, mas se atraem pelos nossos pensamentos e sentimentos, a parte material é puramente fisica e anímica.
São realmente evoluídas estas forças que se alimentam de tira-gosto de sexta feira de calor? É positivo encher a sua cabeça de cerveja no amaci podendo usar uma oferenda ancestral e mais pura?
Aqui substitutos utilizados no ritual africano:
Água de cachoeira
água mineral
água de mar
água de rio
água de chuva
água de poço
água de orvalho
água de coco
caldo de cana
cerveja de milho amarelo
cerveja de milho branco
Agradeço aos irmãos pela oportunidade de escrever, agradeço mais ainda aos que se deram a oportunidade de ler.
Quanto ao amaci a coisa mais certa é:
Existe amaci em outros cultos como o omolokô, a kimbanda, e etc. Mas...
Não existe Umbanda sem AMACI!