O diklô é um lenço usado pelas mulheres ciganas, que carrega um significado próprio, dependendo de cada clã que o utiliza. Em alguns, o lenço é utilizado somente por mulheres casadas; em outros, a jovem começa a usar quando menstrua, num sinal claro de que já é mulher. Também pode ser usado como proteção ao sol forte.
Ele pode também simbolizar o compromisso com o casamento, numa demonstração de respeito com a sua família e ao marido, reforçando o conceito de fidelidade. Nesse caso, é um insulto para o marido a mulher retirar o diklô em público.
O diklô também é usado em homenagem à Padroeira do Povo Cigano, Sara Kali. Durante as celebrações à santa, coloca-se um lenço sobre sua imagem como um agradecimento às graças alcançadas.
Sara Kali é homenageada todos os anos pelo Templo Espiritual Maria Santíssima no Santuário dedicado a ela, que se localiza em Pouso Alegre/ MG.
A Santa que foi jogada ao mar para que morresse de sede e de fome, colocou um lenço em sua cabeça durante toda sua vida como forma de gratidão a Deus por conseguir chegar com vida à antiga Petit-Rhône (atual Saint Maries de la Mer – França). Geralmente, as mulheres que não conseguiam engravidar, pedem para Sara e conseguem essa benção, oferecendo um lenço para Sara Kali como demonstração de gratidão.
Como o povo cigano é muito alegre, comumente há muita música e bailado quando se reúnem. O lenço também é utilizado nas danças para encantar e como uma forma simbólica de limpeza da alma. Todas as vezes que um cigano baila, é realizado um ritual. Cada passo possui um significado diferente, assim como os movimentos com o lenço. É de costume que o diklô tenha o comprimento de um braço, cobrindo apenas a cabeça e seja utilizado para dançar músicas orientais, apenas pelas mulheres. É uma forma de celebrar o elemento ar. Em alguns clãs, ao final da apresentação, é colocado o lenço no chão, delicadamente, descarregando as energias que foram captadas durante a dança.
Fonte - tems.com.br