Os incensos são usados para aromatização de ambientes, funcionando como purificadores e condutores de vibrações, sejam elas de pessoas ou de ambientes. A palavra “incenso” vem do latim “incensum”, que significa “incendiar”. Através de incêndios espontâneos que ocorreram em grandes florestas onde havia árvores cujos troncos eram constituídos de madeira odorífica, como pinheiros, o homem tomou conhecimento dos “perfumes” e dos”incensos”. Os incensos são fabricados de resinas ou gomas aromáticas, tais como olíbano e bálsamo, que ao serem acendidos exalam o aroma da essência escolhida. Ao acender um incenso, a fumaça estabelece uma conexão entre os mundos físico e espiritual. Por este motivo, mesmo que o proposito seja somente de perfumar o ambiente, deve-se, através das bênçãos, neutralizar a ação nociva de energias adversas que possam estar tentando interferir nesta conexão. Origem: Indianos, Judeus, Gregos, Budistas, Romanos, Islâmicos.
Diretamente e intimamente ligados aos elementais do ar, os incensos estão presentes desde os primórdios da humanidade, onde o homem, mesmo antes de dominar o fogo e a técnica de produzir os incensos, já conhecia os aromas da natureza e fazia seu uso, tanto em seus rituais onde usavam fumaça, aromas e oferendas para reverenciar deuses superiores ou proteger-se de espíritos malignos quanto para simples purificação em rituais de iniciação.
A história dos incensos é bem antiga e tem sua narração nas histórias de diversos povos e religiões, as Escrituras Sagradas narram que a Rainha de Sabá visitou Jerusalém e o Rei Salomão, levando-lhe, entre outros presentes, uma quantidade enorme de um precioso incenso, em algumas passagens bíblicas temos mais citações sobre os incensos: O incenso fazia parte da composição aromática sagrada destinada unicamente a Deus (Ex. 30,34) “Ouçam-me, filhos santos… Como incenso exalem bom odor (Sl. 39,14)” Com a oferta do incenso os magos do Oriente adoraram o Menino Jesus como o recém-nascido Salvador do mundo “(Mt. 2:11). No último livro do Antigo Testamento, o Apocalipse, João vê vinte e quatro anciões que estavam diante do Cordeiro com harpas e taças de ouro cheias de incenso: São as orações dos santos (Ap.8:3, 4).
No templo, junto aos ídolos, os romanos bem como os gregos tinham um altar para o incenso (foculus), em sinal de homenagem e adoração. No culto ao imperador, a incensação possuía valor de reconhecimento da religião e do estado do imperador enquanto deus. Entre os etruscos, o sumo sacerdote, anunciava com um toque de trombeta o final de um período e pronunciava o novo tempo queimando o incenso sagrado em braseiros preciosamente decorados. Na Grécia se incensava a vítima do sacrifício para torna-la mais aceitável à divindade; e também queimavam o incenso como obrigação e para proteção. Em Israel o incenso era misturado a outras substâncias odoríferas, os egípcios utilizavam este perfume dos deuses como o chamavam, para os rituais do templo, convencidos de que o incenso podia fazer chegar à divindade os desejos dos homens. Em Roma queimava-se nas ruas e em especial na adoração do imperador. Na Índia os hindus usam nos templos, nas oferendas domésticas e em seus festivais. Na América do Sul resinas aromáticas de copal são oferecidas ainda hoje pelos descendentes Maias e Astecas para suas divindades ancestrais. Na América o muito reverenciado pelos índios nativos. Eles usam sálvia branca, cedro, pinho em seus rituais de limpeza e adoração.
Desde os tempos imemoriais, dos homens das cavernas, que a queima de ervas e resinas é atribuída a possibilidade de da modificação ambiental, mental e emocional. Até para proteger das pragas e doenças, nossos ancestrais faziam uso em suas casas, teoria essa que tem fundamento, pois incensos feitos de ervas, como tomilho e capim limão, há muito tempo, são usados por suas propriedades anti-sépticas e curativas, portanto estas e outras ervas eram queimadas em quartos de doentes em hospitais antes da descoberta dos antibióticos.
No processo de modificação e equilíbrio mental e emocional, os incensos naturais quando queimados soltam no ar moléculas de óleos essenciais que entram pelo sistema olfativo e pelos poros da pele até o cérebro, onde seus efeitos químicos interagem proporcionando a mudança de ânimo. Essa fumaça aromática pode relaxar, estimular, aumentar nossa energia nos levando para o momento de paz e amor.
Cientificamente algumas pesquisas indicaram que ao ser queimado o incenso desprende uma substância chamada tetraidrocanabinol (THL), que tem qualidades inebriantes e anestésicas, que atenuam inclusive dores de cabeça ou de dente. Isso é comprovado devido ao fenol exalado pela fumaça do incenso atuar no córtex cerebral e sobre o sistema neurovegetativo.
Atualmente os incensos são utilizados por pessoas espiritualizadas ou não, com o intuito de purificar ambientes e atrair “bons fluidos”. Muitas são as propriedades atribuídas a determinadas fragrâncias, anteriormente pela magia e atualmente Aromaterapia. Acanela tem ação efetivamente antidepressiva. O aroma da rosa branca atua contra o estresse, o almíscar estimula a sensualidade e o romantismo, etc.
Todo incenso deve ser usado com cautela nunca em demasia com fazem algumas pessoas e deve ser sempre dirigido a alguma causa. Não deve ser usado simplesmente por usar, por nada ou sem motivo, deve sempre ter um dono que o receba e que tenha seu nome pronunciado no momento do pedido. O incenso mantém um grande poder de evocação espiritual e astral e não deve ser usado tão somente para perfumar ambientes ou sem causa porque sempre estaria alcançado uma egrégora qualquer com a vibração que provoca e que está quieta em seu lugar, tem o condão de atrair energia de toda espécie e dos dois planos astrais: negativo e positivo, tem força de ritual e de alimento também, tem força de rejeição ou de atração dependendo do patamar alcançado e da situação especial de quem as ascende. É por demais conhecido no mundo da mística astral e por vezes seu uso ou o que emana no mundo imaterial chega a ser disputado quando não pertence a ninguém que o esteja recebendo, podendo muitas vezes provocar visitas ansiosas por novos incensos a serem utilizados.
Cada Cigano com certeza indicará o incenso de sua preferência ou de sua necessidade naquele momento, regra geral o incenso mantêm sempre correspondência com a área de atuação dele ou dela ou do trabalho que estará sendo levado a efeito. Quando se tratar de oferendas e já não estiver estipulado o incenso certo para acompanhar e houver sua necessidade solicitada, bem como nas consagrações o incenso que deve acompanhar deverá ser sempre o de maior correspondência com o próprio cigano ou cigana. No caso de uma oferenda normal e tão somente necessária para manutenção, agrado ou tratamento, sugere-se o incenso espiritual ou de rosa, que mantém efeito de evocação de leveza, de elevação ou mesmo de louvação espiritual.