África[editar | editar código-fonte]
Ayizan, cujo nome significa "A esteira da terra" é um vodun feminino dos mais importantes na cosmologia fon. Ela é considerada a dona dos mercados e dos espaços públicos, onde as pessoas se encontram e interagem. Para alguns, ela é considerada a primeira divindade cultuada pelo primeiro ancestral. A ela também é atribuído o dom da palavra e da comunicação e desta forma está estritamente ligada à Legba, a quem muitas vezes é associada como mãe ou esposa. Sua representação é um montículo de terra colocado no meio das praças de mercado coberto de muitas rodilhas de dezan (palmas ainda verdes e desfiadas de dendezeiro), onde os comerciantes fazem oferendas. Ayizan também é cultuada nos hunkpame, onde é responsável pelos neófitos em processo de educação, sendo seu montículo sagrado colocado no agbassá (espaço mais externo ou ante-câmara), ou no agbaji (espaço mais interno) dos conventos. O culto de Ayizan é de origem hwedá e é forte sobretudo na região de Uidá, no Benim.
Brasil[editar | editar código-fonte]
É cultuada no Candomblé Jeje como Ayizan, Averecuêto, na Casa das Minas como Averequête e no Xambá como Afrekete.[3]
Haiti[editar | editar código-fonte]
No vodou haitiano o Loa Aizan (também chamado de Gran Aïzan) é considerado a senhora da pureza ritual e a Mambo, ou sumo-sacerdotisa iniciadora (como a iyalorixá no Candomblé) arquetípica, sendo homenageada em primeiro lugar nas cerimônias. Nas iniciações do vodou, a presença de Aïzan é marcada pela rodilha de palma desfiada de dendezeiro (dezan), que os neófitos usam ao sobre a cabeça ao ingressarem na reclusão iniciática.[4]
No Vodou, e especialmente no Haiti, Ayizan (também Grande Ai-Zan, Aizan, ou Ayizan Velekete) é a loa do mercado e do comércio. Ela é uma raiz loa, associada com ritos de iniciação Vodoun (chamado kanzo).
Ela é sincretizada com a Santa Clara católica, seu símbolo é a folha de palmeira, ela não bebe nenhum álcool, e é a esposa de Loko Atisou.