As asas dos anjos são um símbolo do seu poder divino e da sua espiritualidade. As primeiras figuras aladas apareceram em Caldeia, na cidade de Ur, de onde vem a imagem de um anjo a descer à Terra e a derramar a água da vida no cálice de um rei. Na Mesopotâmia, acreditavam que os deuses habitavam os céus e tinham asas como os pássaros. Os gregos e romanos absorveram este conceito de seres alados, concebendo os mensageiros dos deuses com asas, como o deus Hermes para os gregos, e Mercúrio para os romanos, uma figura que tinha asas nos pés.
Os judeus, que viveram muito tempo sob o domínio do babilónios, expressaram o conceito dos anjos como seres alados ao longo de todo o Antigo Testamento. Os Serafins, que contam o maior números de asas, aparecem com seis, enquanto os Querubins têm quatro. O Novo Testamento também descreve os anjos como tendo asas, e o "Evangelho segundo S. Lucas" descreve os anjos revoluteando sobre o pesebre durante o Nascimento de Jesus. São João também descreve os anjos com asas no "Apocalipse".
Porém, só no reinado do Imperador Constantino, por volta do ano 312 d.C., é que os anjos começaram a ser pintados com asas na arte cristã. Esta característica dos anjos continuou a ser utilizada pela arte através dos séculos, e culminou nos maravilhosos óleos destas entidades celestes durante o Renascimento. Chegaram a especular que as asas de um anjo de estatura média teria que ultrapassar os 100 metros de largura para poder suportar o seu peso e elevá-lo no solo e assim poder voar. São cálculos baseados no conceito do anjo com um corpo sólido como o de um ser humano, mas os anjos são pura Luz, não têm corpos físicos, os nossos olhos é que lhes dão essa aparência.
Se concebemos o anjo como uma entidade espiritual, que apenas se manifesta com aparência física para ser percebido por um ser humano, então as asas não têm que ter dimensões específicas, pois nem sequer existem, já que são apenas um símbolo da sua identidade celeste. O anjo e o seres desencarnados podem transportar-se do céu até à Terra apenas com o poder da sua vontade, à velocidade do pensamento, uma vez que um anjo é um conceito, uma ideia, uma lei cósmica, e como tal, é instantâneo, e a sua velocidade é mais rápida que a da luz.
O halo ou nimbo (nuvem) de luz que rodeia as cabeças dos anjos (e, em alguns casos, toda a sua figura) em muitas pinturas, data aproximadamente do século quinto da era cristã. O halo, que também rodeia as figuras de Jesus, Maria e dos santos, é um símbolo da grande Luz Divina emanada por esses entes sagrados e pode ser identificada com o conceito de aura que também existe no ser humano, embora não tão poderosa como a dos espíritos de luz.
Em muitas pinturas medievais dos anjos, o halo é delineado como uma auréola com raios de luz que rodeiam as suas cabeças. Esta auréola está rodeada por outro círculo formado por florinhas de quatro pétalas. O halo também foi usado por artistas gregos e romanos do período do pré-cristão, como símbolo do deus sol Hélio, e dos imperadores romanos, que eram considerados divindades.
O bloguista Bartolomeu, autor do espaço «Santos e Santinhos» deixou este precioso comentário, que decidi passar para a página principal:
«Só gostaria de acrescentar, um único pormenor:
O halo dos Anjos, e já agora Santos, vulgo aureolas, provêm do culto do Sol Invictus ou Sol Vencedor ou Deus Mitra - portanto pagão, de origem persa - protector do Império de Constantino e na criação da Igreja Católica Romana, por este Imperador e Clero de então, para adornar as figuras sacras do culto Católico, na forja de símbolos com o pretexto de reunir identificações dos vários cultos numa única crença, como facilitador identificativo do velho com o novo.»
A bloguista e terapeuta Tânia Resende, autora do espaço «Afirmações de Luz» deixou este precioso comentário, que também decidi passar para a página principal:
«Deixo aqui um acréscimo:
As asas e os halos existem no sistema de energia! E tanto a manifestação deles, como o tamanho dos mesmos, identificam o nível de elevação espiritual. Por isso ao anjos e arcanjos possuem as asas tão visíveis! E os santos, halos tão fortes a ponto de nós humanos, conseguirmos ver e perceber!
Nós também temos asas, mas estão "encolhidas"!
Se olharmos a Merkabah, dentro da geometria sagrada, pode-se perceber claramente 2 triângulos na altura das nossas asas físicas (omoplatas). Estas são as asas! Significa, então, que as asas se formam quando se re-cosntroi a Merkabah (nosso corpo de Luz).
Os halos são altas energias em torno da cabeça, que demosntram que o chacra coronário está aberto e em contato com o Alto.
Quanto maior a quantidade de energia que se traz do Alto, maior a Luz em torno da cabeça. Nossa aura é sempre maior na altura da cabeça (ou pelo menos assim deveria ser).
Sendo assim, os desenhos de anjos e santos apenas identificam algo percebido pela humanidade, mesmo que inconscientemente.
Apenas lembrando: nós também temos asas e também temos esses halos. Apenas precisamos fazê-los crescer e expandir!»
texto extraído do blog http://cova-do-urso.blogspot.com/