segunda-feira, 2 de julho de 2018

Projeção Consciente e Inconsciente

Texto de Lázaro Freire, da lista Voadores.
Todos nos projetamos, mas nem sempre temos a consciência do processo. É comum nosso corpo espiritual sair, mas nossa lucidez se manter baixa, o que faz que, ao voltarmos ao corpo, a saída do corpo seja às vezes lembrada como imagens simbólicas, confundíveis com sonhos.
Mais frequente ainda é nos projetarmos, até com boa lucidez, mas depois da saída (em geral na fase delta do sono) entrarmos em outras fases, sonharmos, e a partir daí encobrirmos a experiência. Ainda assim, a informação fica absorvida de forma inconsciente, podendo, dependendo do caso, gerar “intuições” ou rememorações ao longo do dia, ainda que nem sempre associemos a uma experiência projetiva anterior.

Boa parte do esforço dos projetores mais experientes concentra-se não na saída em si, mas nas técnicas de rememoração, altamente eficientes, e na melhora do metabolismo visando uma atividade mais consciente. Dentre elas, é recomendado:
– Anotar todos os sonhos e projeções em um caderno
– Evitar alimentos pesados, especialmente à noite
– Evitar dormir com timer e/ou TV ligada
– Não ingerir aceleradores do metabolismo à noite (guaraná em pó, bebidas com cafeina, etc)
– Não cobrir a cabeça, evitando inalação de gás carbônico
– Procurar dormir de lado ou de barriga para cima
– Ler sobre o assunto, especialmente à noite, para que a mente considere normal e não mascare a experiência
– Fazer práticas que ativem os chakras laríngeo e frontal
– Dormir de forma confortável
– Preservar o quarto como local para dormir, estudar ou amar, zelando pela egrégora do local
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SINTOMAS PROJETIVOS:
Cada pessoa pode ou não apresentar sinais característicos de uma facilidade projetiva. Note que há projetores que não tem um ou vários dos sintomas:
– Catalepsia projetiva: sensação de imobilidade noturna, acordando abruptamente a seguir
– Balonement: sensação de expansão da aura, como se o corpo inchasse
– Ruidos intracranianos: estalos no interior do cérebro, provavelmente relativos ao desenvolvimento da pineal
– Estado Vibracional: choques que parecem percorrer o corpo espiritual, ligeiramente desconfortáveis, acompanhados de intensa vibração
– Flutuações e quedas abruptas: sensação de estar flutuando, em relaxamentos ou sono, em geral com uma ligeira queda no reencaixe no corpo.
– Deslocamento na reentrada : sensação de acordar com referência equivocada da posição das janelas e portas do quarto, como se reencaixado inadequadamente no corpo ao “acordar” – corrigindo a “posição” relativa aseguir.
Além dessas evidências relativas ao corpo espiritual, há sinais menores que ocorrem em períodos projetivos, ainda que não rememorados. Dentre eles, maior incidência de sincronicidades, fortes sensações de deja vu, pequenos “estados vibracionais” ocorrendo durante o dia, maior contato com amparadores (e/ou intuições inspiradas por eles) na vigília, ativação mais frequente do chakra frontal e maior incidência de fenômenos mediúnicos. Note que nenhum destes caracteriza, por si, a existência de projeções não relembradas, mas são quase todos presentes quando estas estão ocorrendo.
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MECANISMOS
Em linhas gerais, a projeção astral se dá sempre que a consciência torna-se mais ativa que o estado de ondas cerebrais. Ou seja, é como se consciência e atividade cerebral andassem juntas na maior parte do tempo. Adormecemos e “apagamos” ao mesmo tempo que nossas ondas cerebrais caem. Ao começarmos a sonhar, o cérebro também acompaha: entramos numa fase chamada REM (Rapid Eyes Movement) ou “Sono Paradoxal”, na qual nosso estado onírico de quase lucidez é acompanhada por uma atividade cerebral mais intensa, porém ainda inferior à da vígilia. E agora, acordados, estamos tanto com consciência quanto com o cérebro desperto. Esta espécie de “sintonia vibracional” constante mantém os corpos físico e espiritual (psicossoma, corpo psíquico, corpo astral) unidos.
Se o corpo físico tem morte cerebral, porém, o espírito evidentemente se despreende. Mas existem estados intermediários ou alterados de consciência onde o cérebro diminui sua atividade, mas a consciência se mantém um pouco mais ativa. A consequência será uma saída natural, porém temporária. Após um tempo relativamente curto, o espírito volta ao corpo rapidamente, assim que as ondas cerebrais aumentam – por “alarmes” externos, metabolismo ou fases do sono.
Imagine, assim, um exercício de relaxamento – ou uma palestra enfadonha. Em seu esforço para manter a atenção, a consciência se mantém parcialmente desperta, enquanto o metabolismo cai, o cérebro entra em estado de ondas “alfa”, no estado alterado de hipnagogia (cochilo). A consequência dessa pequena diferença entre atividade cerebral e consciencial, tentando se encontrar para se manter desperto, será uma ligeira desconcidência entre corpos físico e espiritual. Daí não raro a sensação de pequena “queda”, como se flutuassemos a alguns centímetros da cadeira.
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(c) Lázaro Freire – http://www.voadores.com.br