quinta-feira, 5 de abril de 2018

Pentagrama da cura



Uma das primeiras e mais sagradas tarefas das bruxas e dos antigos xamãs era a cura. Com o tempo, a ciência foi colocando de lado os tradicionais curandeiros de vilas, porém, muito ainda é usado. Inclusive, a cura para muitos males ainda não foi descoberta pela ciência, mas a velha bruxa do interior ainda sabe como tratar das doenças com ervas e crendices – que dão certo!

Assim, por mais que a medicina hoje tenha avançado muito e seja imprescindível a consulta a médicos quando se tem algum tipo de problema de saúde, também não podemos nos esquecer ou deixar de lado as terapias conhecidas hoje como “alternativas”, que antes porém eram a única forma de se curar alguém (especialmente porque funcionavam). E ainda funcionam.


Curar é um ofício que as bruxas aprendem no decorrer de suas vidas. Ao lidar com a Natureza e buscar o contato mais íntimo com Ela, desenvolvemos a percepção e a sensibilidade necessárias para ajudar outras pessoas e a nós mesmas.

Nós sabemos que o equilíbrio verdadeiro e a saúde completa dependem da condição espiritual tanto quanto dependem do corpo e da mente. Sócrates mesmo disse: “Não há doença do corpo que não seja também da mente”.

A técnica utilizada pelas bruxas para a cura é apenas entender como a energia se conduz. Durante esse processo, a curandeira sabe que se uma parte do corpo-mente-espíritofor negligenciada, os esforços para cura não serao completamente bem-sucedidos. A chave está no equilíbrio entre os três, pois eles constituem a essência do que somos.

Muitas bruxas acreditam que diversas pessoas têm talentos ou capacidades que podem ser afiados e empregados para melhorar a qualidade de vida de outras. Tais aptidões se manifestam distintamente por intermédio de um método holístico ou metafísico, mas se originam no espírito e nas habilidades naturais de cada um. Por exemplo: uma boa massagem, um chá de ervas bem feito, um trabalho com a aura etc. Existem muitos. Porém, o que realmente funciona não é a técnica, mas a sensibilidade e a energia da pessoa que faz a massagem, prepara o chá ou trabalha com a aura. Cada um desses resultados está ligado a uma aptidão natural da curandeira.

Nós, como bruxas, devemos trabalhar pelo ativamento de nosso potencial espiritual como curandeiras. E, para isso, montamos aqui um pentagrama da cura, para ajudá-la a determinar onde está o seu foco.

1. Energia do Ar: Ajudar uma pessoa que está estressada, descontrolada ou ansiosa a descansar ou dormir. O sono é tão importante na cura que, mesmo que pareça ser um dom insignificante, é um dos mais importantes. Saber acalmar as pessoas é muito difícil, mas absolutamente necessário no processo de cura.

2. Energia do Fogo: Saber como aliviar a dor das pesoas. Esse dom é absolutamente importante, pois não podemos estar em perfeito equilíbrio em corpo-mente-espírito se um desses (ou todos) estão tomados pela dor.

3. Energia da Terra: Manifestar resultados físicos quantificáveis através de técnicas medicinais alternativas como a massagem ou a acupressão. Métodos manuais como esses são mais adequados àqueles que buscam resultados mais físicos para a cura.

4. Energia da Água: Saber como cuidar do bem-estar emocional do paciente. Pessoas que possuem essa habilidade sustentam e apóiam seus pacientes até que seus corpos estejam bem o bastante para que as emoções retornem a um estado de equilíbrio.

5. Energia do Espírito: Saber como alimentá-lo. Cura por cristais, trabalho com a aura e a cura pelo toque são alguns dos métodos mais conhecidos do trabalho com a energia espiritual.

É importante lembrar que tais “dons” se manifestam diariamente, mas muitas vezes deixamos passar desapercebidos. Saber quais são e trabalhá-los de maneira correta podem ser o trabalho de uma vida inteira. Para mim, no entanto, isso parece bastante animador; estamos sempre aprendendo.

A ocupação dos curandeiros não é nada fácil. Porém, a capacidade de amar que essas pessoas têm é absolutamente admirável. Nem todos nasceram para curar, mesmo entre as bruxas, e mesmo aquelas que desenvolvem-se como curandeiras podem não seguir todas o mesmo caminho. A exclusividade do espírito de cada bruxa e de seu caminho vai, sem dúvida, distingüir seus métodos de cura e, em troca, permitir-lhe servir melhor toda a comunidade mágica.

Prossiga com sua jornada! E boa sorte!