quinta-feira, 20 de junho de 2019

Borborismo ou Fibiorismo

O único relato que temos das práticas Fibionitas (também chamadas de Borboritas) vem dos escritos de Epifânio, grande defensor da ortodoxia cristã. É preciso estar consciente dos possíveis exageros e calúnias do relato tendencioso desse “caçador de hereges”. No entanto, verdadeiro ou falso, sua descrição é muito intrigante, para não dizer escandalosa.
Epifânio afirma que, quando era jovem, no Egito, duas meninas Fibionitas tentaram convertê-lo (“seduzi-lo”) e fazê-lo se juntar a sua seita. Ele rejeitou a prática, mas passou a familiarizar-se com seus escritos.
Epifânio dá detalhes das festas Fibionitas, que começavam com homens cumprimentando as mulheres, enquanto secretamente faziam cócegas nas palmas de suas mãos por baixo. Este podia ser um código secreto para alertar aos membros da presença de estranhos, ou um gesto erótico. Depois de jantar, os casais começavam a ter relações sexuais, com qualquer outro membro da seita. O homem, no entanto, tinha que se retirar antes do clímax, de modo que ele e sua parceira pudessem coletar o sêmen e ingeri-lo junto, dizendo: “Este é o corpo de Cristo”. Os líderes da seita que já haviam atingido a perfeição podiam realizar o rito com um membro do mesmo sexo. Havia também a masturbação sagrada, na qual se podia tomar o corpo de Cristo na privacidade de seu quarto.
E qual a razão deste ritual sexual? Os Fibionitas acreditavam que este mundo estava separado do reino divino por 365 céus. Então, para chegar ao mais alto mundo, um Fibionita redimido deveria passar por todos os 365 céus – duas vezes. Mas a crença dita que cada céu é guardado por um Arconte, e para passar por ele, é preciso chamar o nome secreto de um dos Arcontes durante o ato sexual. Essa crença garante que cada homem faça sexo com uma mulher pelo menos 730 vezes.
A liturgia do sexo também foi fundada na ideia de que os seres humanos têm uma semente divina presa dentro do corpo físico, e deve ser liberada para que possam voltar para os reinos mais elevados. Esta semente é transmitida através do sêmen masculino e do sangue feminino. Permitir que a semente se desenvolva em outro ser humano no útero da mulher é perpetuar o ciclo de aprisionamento. Assim, o ritual de coleta de sêmen e de sangue de menstruação e sua ingestão representa a libertação da semente divina.

Setianismo

Os Setianos eram assim chamados porque reverenciavam Seth (também grafado Sete ou Set em português), o terceiro filho de Adão e Eva, como o revelador do conhecimento. Eles se consideravam a “semente de Seth”, a parte da humanidade que tinha atingido Gnosis (conhecimento) e que, portanto, seria salva, ao contrário do resto da humanidade, os descendentes de Caim e Abel. Cristo e Seth eram a mesma pessoa.
Setianos são mais conhecidos por seu trabalho “Apócrifo de João” ou “Evangelho Secreto de João”. É a obra com a mais completa visão de mundo gnóstica. Ela começa com o inefável e incognoscível Pai Primal, a partir do qual o primeiro poder, Pensamento (também chamado de “Barbelo”) emanou. Esta figura feminina desempenhou um papel tão importante no mito Setiano que os seguidores da seita também eram conhecidos como Barbeloites.
Um outro processo de emanação de Barbelo produziu Autogenes (Autogerado) e os anjos, incluindo Adamas, o Homem Perfeito. A emanação caçula, Sophia, queria criar uma imagem de si mesma sem o consentimento do Espírito invisível. Ela acabou produzindo um ser deformado, Yaldabaoth, que se tornou Demiurgo – o Deus Criador da Bíblia. Yaldabaoth, por sua vez, produziu os Arcontes, que criaram o primeiro homem, Adão. Os Arcontes viram que Adão era superior que eles em inteligência, de modo que resolveram esconder dele a Árvore do Conhecimento no Jardim do Éden. Quando Adão e Eva desobedeceram os Arcontes, foram expulsos do Paraíso. Yaldabaoth então seduziu Eva, e ela deu à luz a Caim e Abel.

Ofitismo

Os ofitas são nomeados após a palavra “serpente” – como você deve ter adivinhado, eram cristãos adoradores de cobras. A fascinação com serpentes decorria da leitura sobre a “queda” no Gênesis. Para eles, a serpente que tentou Eva não é a vilã da história, mas a heroína. Eles chamaram o Deus Criador do Gênesis de Ialdabaoth (Filho do Caos), que queria governar Adão e Eva escondendo deles a “árvore do conhecimento do bem e do mal”, a fonte da sabedoria.
Ialdabaoth era o filho de Sophia. Ele desconhecia o fato de que havia um reino divino mais elevado acima dele – era ignorante -, e assim arrogantemente se proclamou o único Deus. A serpente foi usada por sua mãe Sophia para frustrar suas ilusões de grandeza, convidando Eva a comer do fruto proibido. Assim, o próprio Moisés exaltou a serpente no deserto, e Jesus se comparou a essa serpente.

Basilidianismo

Irineu chamou os seguidores de Basilides de Alexandria de dualistas e emanacionistas. Ou seja, eles viam a matéria e o espírito como forças hostis opostas, e acreditavam no mito gnóstico dos Aeons emanando em sucessão a partir de um “Pai” não gerado. Os cinco principais Aeons eram Nous (Mente), Logos (Palavra), Phronesis (Inteligência ou Prudência), Sophia (Sabedoria) e Dynamis (Poder). De Sophia e Dynamis emanaram 365 céus em ordem decrescente, coletivamente chamados Abrasax.
O Deus dos hebreus governou o céu mais baixo, e criou um mundo ilusório – o nosso. O verdadeiro Deus viu o sofrimento da humanidade neste reino ilusório e enviou Nous (ou Cristo) para trazer o conhecimento que iria libertá-los. Nous nasceu como Jesus, cujo nome secreto entre os Basilidianos era Kavlakav (ou Caulacau).
Cristo, sendo um ser totalmente divino, não tinha corpo físico real. Basilides é talvez mais conhecido por sua interpretação da crucificação de Cristo que, sendo incorpóreo, não podia morrer. No caminho para o local da sua crucificação, ele “fez uma troca” com Simão de Cirene, que estava ajudando a carregar a cruz. Os romanos, enganados, começaram a crucificar o pobre Simão. Esta noção sobrevive até hoje nas páginas do Alcorão muçulmano: “Eles disseram ‘Matamos o Messiah Isa (Jesus), filho de Maryam (Maria), o Mensageiro de Deus’, mas eles não o mataram, nem o crucificaram, e sim a semelhança de Isa foi colocada sobre outro homem” (Alcorão 4:157).

Valentianismo

Valentino era um professor muito popular e influente, por pouco não sendo eleito Bispo de Roma (o cara que chamamos de “Papa” hoje). Depois de perder (ou recusar) a eleição, ele montou seu próprio grupo.
Valentino acreditava em um andrógino Ser Primal, cujo aspecto masculino se chamava Profundidade, e o feminino Silêncio, a partir do qual pares de outros seres emanavam. Quinze pares acabaram sendo formados, totalizando 30 – os Aeons descritos por Marcos, discípulo de Valentino.
O último Aeon, Sophia, sucumbiu a ignorância e foi separada de seu grupo, o que resultou na criação de todos os males. Ela foi dividida em duas: sua parte superior retornou ao seu grupo, enquanto sua parte inferior ficou presa neste mundo físico. O conceito Valentiniano da salvação estava no resgate de Sophia pelo seu Filho, ou Salvador, em quem todos os Aeons são integrados. Sophia havia criado sementes espirituais em sua imagem, mas elas também estavam na ignorância. Para despertar e amadurecer as sementes, a Sophia inferior e o Salvador influenciaram o Demiurgo (artesão, ou Criador), uma divindade também inferior, a criar o mundo material e os seres humanos. Este Demiurgo não é outro senão o Deus bíblico dos judeus.

Marcosianismo

A seita marcosiana, liderada pelo professor Marcos (ou Marcus), é conhecida por sua fascinação com a teoria da numerologia e das letras, derivada dos pitagóricos.
Marcosianos encontravam significado nos equivalentes numéricos de palavras (em grego, cada letra tem um valor numérico). Por exemplo, o nome “Jesus” em grego – Iesous – corresponde ao equivalente numérico “888”, um número considerado como sagrado e mágico pelos antigos. Uma razão para isso é que os números associados a todas as 24 letras gregas, quando somados, dão 888.
A pomba era considerada o equivalente do Alfa + Ômega, uma vez que Alpha é igual a 1 e Omega é 800, e a palavra grega para “pomba” soma 801. Marcos também ensinou que 30 seres divinos chamados de Aeons derivavam do fato de que 1+2+3+4+5+7+8 = 30, com o ” 6″ omitido, porque não é uma letra do alfabeto grego habitual (“8” representa o “Ogdóade”, os oito Aeons primários).

Carpocracianismo

Enquanto os Marcionitas praticavam um celibato extremo, a seita liderada por Carpócrates foi acusada do exato oposto – pura libertinagem. Os Carpocracianos acreditavam na reencarnação, e o bispo Ireneu de Lyon disse que os membros do grupo eram encorajados a experimentar tudo o que há na vida para que não tivessem que reencarnar e fazer o que ainda não tivessem feito, o que inclui a imoralidade.
Irineu podia estar exagerando, mas Carpocracianos de fato se orgulhavam de ser acima de todas as leis morais, e transcender convenções humanas. A notoriedade da seita reacendeu no século 20 com a descoberta do Evangelho Secreto de Marcos, uma versão mais espiritual do Evangelho canônico de Marcos. Clemente de Alexandria acusou os Carpocracianos de falsificá-lo para apoiar a sua libertinagem. O Evangelho Secreto incluía uma cena em que um Jesus nu dava instruções a outro homem nu, e esta sugestão de um encontro homossexual foi usada pelos Carpocracianos para justificar um estilo de vida gay em uma sociedade muito menos tolerante do que a nossa é.

Marcionismo

Os Marcionitas eram seguidores de Marcião do Ponto (ou Marcião de Sínope), considerado um dos cristãos mais influentes entre o tempo de São Paulo e Orígenes. Ele teria sido expulso da Igreja por “seduzir uma virgem”, mas essa acusação pode ter sido incitada por seus inimigos.
O que se sabe é que ele chegou a Roma e começou a ensinar suas doutrinas lá, atraindo um grande número de seguidores e ameaçando a própria existência da Igreja Romana, ainda no seu início. O bispo Policarpo de Esmirna chamou-o de “primogênito de Satanás”.
Marcião rejeitava o Deus judeu Javé como uma divindade tirânica, ensinando que o Deus de que fala as Escrituras Hebraicas não era o Pai de Jesus Cristo. Obviamente, ele rejeitou os escritos judaicos (que viriam a ser o Antigo Testamento), bem como compilou um novo cânone de livros sagrados. Para este fim, ele produziu um “Evangelho do Senhor” (uma versão inicial do Evangelho de Lucas) e recolheu as epístolas de Paulo, introduzindo assim a ideia de um “Novo” Testamento.
Marcião avaliou Paulo como o único apóstolo a entender verdadeiramente a mensagem de Jesus. Ele considerava os 12 originais, incluindo Pedro, idiotas. Marcião também proibiu o casamento e pediu o celibato entre seus seguidores (mesmo os já casados), uma vez que trazer mais crianças para o mundo significava trazer mais pessoas para o “cativeiro do despótico Javé”. Marcião foi também um docetista – ele acreditava que Jesus nunca tinha sido um ser humano de carne e sangue, apenas fingiu ser um.

Montanismo

Montano fundou um movimento que, quando nasceu (cerca de 156 – 157 dC), foi chamado de “Nova Profecia”.
Montano foi supostamente um sacerdote do culto pagão de Átis e Cibele, que tinha uma tradição de comportamento dervixe (conhecido por sua extrema pobreza e austeridade, similar às ordens mendicantes dos monges cristãos). Enquanto o movimento não diferia muito das crenças da Igreja Católica da época, havia desvios significativos em relação a sua doutrina.
Por exemplo, Montano permitia que mulheres tivessem posições de destaque na seita. Suas principais companhias eram as profetisas Maximila e Priscila. Em Pepuza, na Frígia (Ásia Menor), Priscilla afirmou que Jesus apareceu para ela na forma de uma mulher enquanto ela dormia e, depois de ter se deitado a seu lado, “colocou Sua sabedoria dentro” dela, e Lhe revelou que aquele lugar era santo. Maximilla predisse que, após a sua morte, o fim viria.
Uma notícia da iminente “segunda vinda de Cristo” (ou “parusia”) se espalhou como fogo em toda a região, e logo Pepuza foi afogada em um mar de devotos. Em preparação para a parusia, Montano incentivou o ascetismo e o martírio e proibiu o casamento (depois permitindo um único casamento).
No início, a Igreja Católica aprovava a Nova Profecia. Mesmo o defensor da Igreja e inimigo da heresia Tertuliano ficou entusiasmado com a forma como o Espírito Santo estava se movendo entre a comunidade Montanista. Claro que, mais tarde, a Igreja começou a notar que as profecias da seita estavam indo acima e além das palavras de Jesus e seus apóstolos, bem como das tradições proto-ortodoxas. Isso levou o Montanismo a ser considerado uma heresia. Séculos de oposição se seguiram culminando no ano 550 dC, quando os católicos confiscaram as Igrejas Montanistas em Pepuza e queimaram os ossos de Montano, Maximila e Priscila.

Simonianismo

Os Simonianos, seita gnóstica do século II dC, tiraram seu nome de Simão Mago (ou Simão, o mágico), que faz uma aparição nos Atos 8:9-24, onde é repreendido pelo apóstolo Pedro por tentar comprar o ofício apostólico (daí o termo “simonia” para a prática de venda de favores divinos, bênçãos, cargos eclesiásticos, bens espirituais, coisas sagradas, etc). De acordo com o bispo Irineu de Lyon, Simão é o pai de todos os hereges.
Simão contou uma história na qual o primeiro pensamento feminino de Deus (ou a “metade feminina de Deus”), chamada Enóia, foi para os mundos inferiores para criar anjos. Infelizmente, os anjos se rebelaram contra ela, que ficou presa no corpo de uma mulher. Ela habitou tal corpo através de sucessivas reencarnações, uma das quais foi Helena de Tróia. Deus finalmente desceu à Terra como Simão Mago a fim de resgatá-la. Simão encontrou sua mais recente encarnação, também chamada Helena, trabalhando como prostituta na cidade de Tiro.
Em forma humana, Deus/Simão pregou contra os anjos rebeldes que criaram o mundo. Há indícios nos escritos de Simão que ele também identificou-se como o Cristo, que sofreu na Judéia. Ele ensinou que as pessoas que se voltavam para ele e Helena (que foi identificada como o Espírito Santo) eram salvas pela graça, não pelas obras. Os apócrifos “Atos de Pedro” relatam que, em uma “competição” com o apóstolo Pedro para provar quem estava dizendo a verdade, Simão levitou acima do Fórum Romano. Pedro, então, rezou a Deus para derrubar Simão, e o herege foi parado em pleno ar e caiu ao chão. Exposto como um vigarista, ele foi apedrejado pelo povo e morreu por conta de seus ferimentos.

Herdeiros do Destino ou Ordo Christianitas Ad Ventus

Diferente dos setianitas do século próximos ao de Jesus Cristo cuja visão esotérica da reencarnação do espírito do primeiro Seth era vista, os setianos eram considerados os herdeiros originais do propósito primeiro de Deus aos homens assim como de conhecimentos relacionados ao futuro ante a astronomia. Extremamente perseguidos ao longo do tempo sua miscigenação atual parece ter tornado aparentemente impossível identificar os remanescentes chamados Herdeiros do Destino, ainda que tradições comuns tenham sido herdadas posteriormente pela mítica Ordo Christianitas Ad Ventus onde por traços comuns agregava e acolhia membros como remanescentes destes assim como supostos segredos inerentes ao futuro e o destino da humanidade. Benévolos, altruístas, e resguardados tinha um código moral muito rígido quanto suas condutas de modo inexorável e imparcial. Algumas das tradições deles são relacionadas a identificação de destinos conforme relatado no livro ‘Manuscritos dos Tempos’ onde o líder numa cerimonia a beira dum rio lançava sete pedras cujas ondulações, cada qual tinham significado de paralelo com o livre-arbítrio do homem e seu impacto ao longo da história e o sétimo, conforme o livro dos Nefelins era a prevalência do destino final. Sendo ou não a OCAV herdeiros legítimos deles a herança de tais práticas são muito semelhantes numa meditação filosófica sobre o fluxo do tempo em suas várias direções do qual acreditavam que Jesus rompia os ciclos das primeiras ondas e assim se tornaram cristãos, sobretudo a estes é atribuída uma quase veneração ao tempo kairos contrariando a visão do tempo cronológico, pois especula-se que guardariam segredos das viagens no tempo.

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Bruderschaft der Schatten

Mencionado no livro ‘Sombras dos Tempos’ a desconhecida Irmandade das sombras, eram uma sociedade secreta primitiva da germânica no século V. De acordo com seus dogmas ela seria formada por descendentes diretos dos atlantis, na verdade uma facção que teria sido responsável pela destruição de Atlântida. Guardando segredos duma estirpe decadente veneravam as sombras como ecos do abismo provavelmente nutrindo uma semelhança com os abdomitas, onde pelas diferenças, acepções, desigualdades se exaltavam como contrastes assim como pela evocação de deuses nórdicos e de outros povos antigos da Germânia como Mudelföri. Dizia-se que com seus rituais onde vidas de inocentes eram oferecidas as sombras lhes conferiam poder sobre a sombra de seus inimigos permitindo assim atormenta-los e até mesmo mata-los. Todavia eles teriam tido um fim súbito e misterioso.

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Onirikers

Relacionados ao livro ‘Adormecidos’, os onirikers – muitos dos quais eram considerados sleepners - é atribuída toda criação que leva a humanidade a 'adormecer' para a verdade assim como ao 'sono moral' como uma anestesia de insensibilidade as mazelas do mundo. Estes praticam o que acreditam ser projeção astral adormecida a mundos oníricos que se entrelaçam ao espiritual e acreditam que ao mergulhar a humanidade num sono de consciência levará a expor tal realidade adormecida. Veneram a imortalidade do sono por Hipnos e assim suas oferendas é a imersão de suas vítimas num estado de coma por hipnose onde acreditam que a mente (e alma) da vítima será absorvida pelo sonho de Hipnos que é a realidade adormecida a que buscam até que ele seja despertado a fundir as realidades. Aqui então tornam-se oposição a Morpheus que procura deixar separado o sono - e consequente sonho - de Hipnos do mundo. a tudo quando se afaste da realidade e verdade é considerado, dos vícios que submente a nossa vontade sobre nós aos enganos comuns.

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Eterlinos

Ainda que pouco conhecido seus dogmas no livro ‘Defcon Zero’, essa seita de extremistas e fanáticos tinham uma visão do Éter como dona de toda verdade assim como uma concepção de idolatria aos ciclos por acreditarem que o infinito era uma sucessão das mesmas coisas de sempre do passado de modo que lutavam contra o que era realmente novo e qualquer coisa que ameaçasse os ciclos que acreditavam inclusive de fim do mundo. Entre os rituais estava um onde uma pessoa era entregue em sacrifício humano na hora do nascimento de um dos seus pois acreditavam que as memórias, espírito e alma transmigrassem diretamente ao corpo do recém nascido.

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Abdomitas: Dogmas do Abismo

Não se sabe ao certo como começou a desconhecida seita dos abdomitas. Preza a lenda que após o dilúvio Deus teria permitido que Abdom capturasse os mortos para a região entre o inferno e o Hades. Todavia ao ver que muitas das mulheres mortas eram formosas ele teria entrado nelas e assim gerado os primeiros nefelins abdomitas que teriam a proteção diretamente do abismo. Os abdomitas celebravam 'a maldição do tempo judeu' como a contagem regressiva de seu fim ante o começo por relacionar que a visão judia do tempo é o contrário, assim o ritual era uma ofensa a kairos não linear tornando a criação de Seth ao contrário e assim destituindo o plano divino igualmente como faz a imoralidade com a moralidade aqui em culto. Assim uma dança em sentido anti-horário entorno de um antigo relógio de pêndulo era feito por homens vestindo saco nos rostos, o pêndulo do relógio por sua vez havia um boneco pendurado como quem fosse morto enforcado do qual o tempo zero dos ponteiros que voltavam atrás indicariam o lugar onde um sacrifício humano seria realizado com o parar do pêndulo a meia-noite sobre o mapa, e este sempre deveria ser realizado a meia-noite daquele dia, dia primeiro de março, chamado por eles de 30 de fevereiro como menção não a um dia perdido mas o dia do abismo, ou Abdom, justamente o da inexistência com que a vítima seria lançada num nascimento inverso, e assim um túmulo era aberto e permanecia vazio como sina de que o abismo o tragou e junto documentos ou pertences da vítima eram queimados dentro, neste caso o autor destituído da verdade ao ser jogado ao inexistir. Não se sabe o que eles fazem com o corpo das vítimas, mas alguns especulam que estes o comeriam por crer serem parte do abismo a absorver a vida deste, mas após sua morte costumavam entoar a seguinte sentença: "ele agora é ninguém, do nada veio e do nada tornou."

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Cronomitas

Os ocultos Cronomitas antigos utilizavam apostar corrida crendo que seriam agraciados por Cronos aquele que vencesse e o ultimo por ele devorado como quem o tempo cronológico lhe alcançado, assim a mesma corrida pela 'vida' era realizada todos os anos no 31 de dezembro e o derrotado sacrificado a ele, onde o suposto vencedor de tal corrida ganharia uma pedra ultraterrestre chamada cronomite, que seria de onde veio Cronos e daria poderes transcendente ao tempo para o portador. Cronos era visto como um algoz dragão a ser alimentado perpetuamente por ser faminto pelo infinito neste caso temporal, o fogo que saia de sua boca fazia arder aqueles consumidos pelo tempo trazendo a conotação de que o tempo é o fogo o qual ardemos. Ele ansiava alcançar Kairos e destituí-lo por muitas vezes tornar o último (seu alimento) em primeiro, isto é, ressurreto. Assim os cronomitas acreditavam que a primeiras das corridas aconteceram por seus filhos levando o próprio pai (Cronos) a devora-los ao alcança-lo, na realidade ao tentar fugir dele correndo enquanto seu pai dizia: "quem pode fugir de cronos? Meu tempo a todos alcança, eu e a morte somos um." Na verdade a figura de Cronos pouco se distingue da morte ainda que esta ligada ao lugar pois o cronológico se submete ao espacial, mas tendo inspirado ou não o começo dos jogos olímpicos antigos daqueles primeiros atletas que consideravam burlar Cronos, e consequentemente a morte, como signo de status e triunfo ainda que físico. "Cronos é a chama e nós a lenha, e o mundo por ele se incendiará num inferno." dizia o primeiro cronomita a cerca da correria do mundo moderno vindouro. Mais tarde com o advento do catolicismo os jovens corriam e diziam que o 'último a chegar seria mulher do padre' com a conotação na verdade de que o Cristo os ressuscitariam. Conforme descrito em 'Chronomicon' e verifica-se mediante a relatividade que o ato de quanto maior a velocidade mais atrasa-se o tempo de Cronos levando todos a perpetua corrida da modernidade pois concebe-se assim que todos estamos no corredor da morte, isto é, de Cronos, uns com relógios internos pela doença e outros a espera de se perder o fôlego e serem alcançados por ele, o que os Cristão creem, ser resgatados por Jesus. Só os imortais fogem de Cronos. Existem variações de cronomitas a exemplo dos crononazistas.

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A MAGIA DAS CANTIGAS DOS CABOCLOS DA UMBANDA

PERGUNTA.: - É possível falar-nos sobre a magia das cantigas e sonoridades dos caboclos da umbanda, descendente do magismo tribal mais antigo do planeta?
RAMATÍS: - Os homens afoitos e zelosos das purezas doutrinárias criticam os caboclos da umbanda quando assoviam, cantam, assopram e chilreiam como pássaros, baforando o charuto. A estreiteza de opinião oriunda do desconhecimento, aliado ao preconceito, favorece as "superioridades" doutrinárias e as interpretações sectárias. Os fundamentos dos mantras e seus efeitos curativos (vocalização de palavras mágicas) fazem parte dos ritmos cósmicos desde os primórdios de vossa civilização.
Os vocábulos pronunciados, acompanhados do sopro e das baforadas, movimentam partículas e moléculas do éter circundante do consulente, impactam os corpos astral e etérico, expandindo a aura e realizando a desagregação de fluidos densos', miasmas, placas, vibriões e outras negatividades. Assim como as muralhas de Jericó tombaram ao som das trombetas de Josué, os cânticos, tambores e chocalhos dos caboclos desintegram poderosos campos de força magnetizados no Astral, bem como o som do diapasão faz evaporar a água. Os infra e ultra-sons do Logos, o Verbo sagrado, deram origem ao Universo e compõem a tríade divina: som, luz e movimento. Como o macrocosmo está no microcosmo, e vice-versa, se pronunciardes determinadas palavras contra um objeto ou ponto focal no Espaço, mentalizando a ação que esse som simboliza, será potencializada a intenção pelo mediunismo do caboclo manifestado no médium, e energias correspondentes serão movimentadas. Ao mesmo tempo, cada chacra é uma antena viva dessas vibrações que repercutirão nas glândulas e nos órgãos fisiológicos, alterando os núcleos mórbidos que causam as doenças, advindo as "notáveis" curas praticadas na umbanda. É comum religiosos e exímios expositores de outras doutrinas acorrerem a ela, sorrateiramente, às escondidas, com os filhos ou eles mesmos adoentados, ditos incuráveis pela medicina materialista, tendo sua saúde reinstalada, para depois nunca mais adentrarem um terreiro. A todos o manto da caridade dá alento, sem distinguir a fé fragmentada de cada um.
RAMATÍS - A MISSÃO DA UMBANDA

INCORPORAÇÃO "ESTRONDOSA" DE CABOCLOS - ANIMISMO OU MEDIUNIDADE ?

PERGUNTA: - Quando os caboclos dessas falanges, que têm as incorporações mais "estrondosas", se manifestam, que tipo de energias eles manipulam e o que pode ser considerado animismo e mediunidade, já que a inconsciência é cada vez mais rara? Existe semiconsciência e como se dá?
VOVÓ MARIA CONGA: - "Estrondosas" em que médiuns e templos? Os rodopios exagerados, os gritos acompanhados de esgares compulsivos, a voz estridente, as ordens ríspidas, os gestos violentos, os "caciques" vaidosos ou os obscenos nas palavras, nada têm a ver com as entidades espirituais, pois os caboclos dessas vibrações são disciplinados como todos na verdadeira Umbanda Sagrada. Esses comportamentos podem ser considerados animismo dos médiuns. Cabe aos diretores espirituais e pais de terreiro sérios, mostrarem que a semiconsciência é o envolvimento mediúnico que deixa o médium com a consciência alterada em diversos níveis, não sendo acompanhada dos exageros derivados das carências psicológicas dos filhos pela falta de auto conhecimento e orientação adequada. Obviamente, nos médiuns em educação e desenvolvimento, essas situações são até aceitáveis, um tanto normais, pois ainda há grande dificuldade de percepção fluídica e realmente os lapsos de consciência ocorrem em alguns casos, fazendo com que os aparelhos entrem em quase transe cataléptico, após a atuação das entidades, pelo desacoplamento do corpo astral. Aos poucos, a mecânica de incorporação vai se suavizando e os médiuns se tomando dóceis à vontade do guia ou protetor, quando bem orientados em ambientes de elevada moral.
As energias mais utilizadas são o ectoplasma e a dos quatro elementos, ar, terra, água e fogo.
RAMATÍS E VOVÓ MARIA CONGA
EVOLUÇÃO NO PLANETA AZUL